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1.
São Paulo; s.n; 20221027. 185 p.
Thesis in Portuguese | LILACS, BBO | ID: biblio-1398476

ABSTRACT

A Atenção Primária à Saúde (APS) apresenta atributos que lhe conferem complexidade, destacando-se a busca pela integralidade do cuidado em saúde, dada a diversidade e amplitude das necessidades dos usuários e do território. Para obtenção de qualidade do cuidado na APS, conforme preconizado pelo SUS, torna-se fundamental a implementação de práticas colaborativas interprofissionais. O estudo teve como objetivo identificar e analisar as potências e os desafios para o desenvolvimento de práticas colaborativas na perspectiva interprofissional em uma unidade básica de saúde (UBS) tradicional da cidade de São Paulo. Foi utilizada metodologia de pesquisa de abordagem qualitativa, caracterizada como estudo exploratório, descritivo, retrospectivo, a partir de análise documental de atividades desenvolvidas, com base na prática interprofissional e prospectivo, com realização de grupo focal remoto com profissionais da UBS em estudo. Os dados coletados foram organizados e analisados através da análise de conteúdo com base na análise temática. Os resultados demonstraram evidências de potências e desafios da prática colaborativa interprofissional. Com relação às potências, verificou-se que o trabalho interprofissional promoveu o aumento de possibilidade de construção do cuidado baseado na integralidade, permitindo que uma variedade de tecnologias fosse mobilizada e articulada, favorecendo a resolutividade com ampliação do olhar e atenção centrada na pessoa e não somente em sintomas e doenças. Possibilitou aos profissionais a divisão de responsabilidades e angústias, evitando o isolamento e a sobrecarga de trabalho, a ampliação do olhar e da escuta com compreensão de outras dimensões do cuidado. Constatou-se que o ambiente de trabalho colaborativo se mostrou gratificante e estimulante, oportunizou fluidez e trocas entre os profissionais, favorecendo a aprendizagem mútua, a articulação e a integração dos diferentes saberes. Quanto às dificuldades, o estudo possibilitou identificar uma cultura entre usuários de busca do acolhimento como um pronto atendimento, com expectativas de respostas rápidas com foco em tecnologias biomédicas e consultas com especialistas, o que dificulta a longitudinalidade, a predominância de metas quantitativas individuais, que ocupam as agendas e dificultam a manutenção de espaços de diálogo e de compartilhamento; a falta de apoio e estabilidade de diretrizes da gestão e a carência de investimento na formação pessoal e profissional dos trabalhadores. Embora tenha sido atribuído dificuldades de origem microssocial, como a falta de espaços de comunicação e macrossocial como o predomínio de metas quantitativas individuais baseadas em indicadores biomédicos, destaca-se no estudo a importância do engajamento e do apoio dos profissionais da equipe como elemento primordial para a superação dos desafios e manutenção do trabalho interprofissional na APS. Nesse sentido, para apoiar os profissionais, tanto em seus locais de trabalho como em propostas de ações da educação permanente em saúde, foi construído um produto educacional no formato de um áudio vídeo, o qual pode ser utilizado como ferramenta para estimular o desenvolvimento e aprimoramento de estratégias com ênfase em práticas colaborativas interprofissionais na rotina dos serviços.


Subject(s)
Patient Care Team , Primary Health Care , Health Centers , Integrality in Health
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